Poemas no espírito da Poesia!

"Ja disse o homem que depois/ Morreu e ficou na memória./
Que existe uma coisa na roda da história/ Que uma camada pra trás quer rodar./
Mas estes não servem/ Pra pôr sua mão nesta manivela/
Ficarão a margem olhando da janela/
A luta do povo esta roda girar."

(Ademar Bogo - CD Arte em Movimento).

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DO OFICINEIRO AO OPERÁRIO

No princípio era o servo.         
O servo pertencia ao feudo.
O feudo era do senhor feudal.
A terra dava o alimento ...
As oficinas atezanais produziam
Para as necessidades da população.                                
O sistema era auto suficiente.                                                


E veio a crise...
Muita chuva, frio e seca.
Falta de alimentos e fome.
A Peste Negra varreu o velho continente!
Entrementes as cidades ressuscitam!
O comércio reaparece...
O burgo, a feira, o banco e a burguesia!                                              
A oficina está sob nova orientação!
Tem o mestre, o jornaleiro e o aprendiz.
Todos sujeitos à corporação!
Tudo é regulamentado...
Para impedir a competição!


O espaço foi mudando!
Um barracão, constrói o burguês!
Ali reúne cada artesão!
O trabalho sofre transformação!                                                        
E o artesão vira assalariado!
Pelo patrão é explorado!
Já não sabe fazer tudo!
Está tudo dominado!
Sergio Bucco/Candói, 10/09/09

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