Poemas no espírito da Poesia!

"Ja disse o homem que depois/ Morreu e ficou na memória./
Que existe uma coisa na roda da história/ Que uma camada pra trás quer rodar./
Mas estes não servem/ Pra pôr sua mão nesta manivela/
Ficarão a margem olhando da janela/
A luta do povo esta roda girar."

(Ademar Bogo - CD Arte em Movimento).

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A VIDA NA IMENSIDÃO DO UNIVERSO


O que é a vida?
Um sopro de vento?
Um pesadelo...
Do qual é difícil de acordar?
Um desafio permanente?
Um brinquedo da Natureza?
Uma flor viçosa pela manhã
E à noite murcha e seca?
Um caminho sem volta?
Uma construção permanente?
Transformação atraves...
Da qual "nada se perde, nada se cria")?
Dor e sofrimento?
Uma contradição?
Movimento e luta?
Um grão de areia cósmica?




No entanto...
O gênero humano...
Os seres ditos inteligentes, correm assoberbadamente,
Como se aqui fossem viver uma eternidade...
De certo modo viverão nos descendentes...
Voam, desaparecem e fazem muitos desaparecerem!
Mas haverá espaço sustentável para a vida,
A julgar pelo ritmo...
De produção, devastação, consumo
E concentração excludente...?

Muitos não podem sair do lugar...
Alguns exploram seus semelhantes
Fazem-nos trabalhar e produzir!




Muitos não têm trabalho
Nem espaço para fazê-lo...
E estão nos guetos, nas favelas e na escravidão...
Alguns disputam poder, sexo e dinheiro!






Muitos só têm a negativa de acesso...
Aos direitos mais elementares da vida!
Alguns perseguem, dominam e matam!


Muitos persistem em ter um lugar ao sol...
Não têm espaço nem no campo nem na urbes...
Alguns juntam terra sobre terra, conquistam mundos...
Dominam e reinam soberanos e absolutos!


Muitos só têm o direito ao subsolo
(E olha lá se têm mesmo!?!)
Após a morte...
Alguns constroem fortalezas com segurança exacerbada!

Muitos não têm nem onde caírem mortos...
Alguns estudam na ‘escola da injustiça’, onde aprendem a enganar...
Vender ilusões, aparências e morte!

Muitos nem têm acesso decente à escrita,
À leitura e ao cálculo...
E estão dominados, seviciados, fetichados...


Por que todo este quadro pintado
Pelo "ser humano"?
Até onde vai este desatino "racional"?
Por que tanta loucura?


Oh, poeira cósmica!
Massa insignificante!
Avalies tua fugacidade!
Esquadrinhes teu nada!
Mesmo assim e apesar de tudo,
És um microcosmo complexo,
Que nem se conhece suficientemente
Perdido na imensidão do macrocosmo,
No infinito do universo sideral!
Candói, 20.03.2008

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