Poemas no espírito da Poesia!
"Ja disse o homem que depois/ Morreu e ficou na memória./
Que existe uma coisa na roda da história/ Que uma camada pra trás quer rodar./
Mas estes não servem/ Pra pôr sua mão nesta manivela/
Ficarão a margem olhando da janela/ A luta do povo esta roda girar."
(Ademar Bogo - CD Arte em Movimento).
Que existe uma coisa na roda da história/ Que uma camada pra trás quer rodar./
Mas estes não servem/ Pra pôr sua mão nesta manivela/
Ficarão a margem olhando da janela/ A luta do povo esta roda girar."
(Ademar Bogo - CD Arte em Movimento).
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
PERGUNTAS DE UM CAMPONÊS QUE LÊ E PENSA
Quem criou o sistema cujo motor é a exploração do Trabalho alheio e o lucro,
e cuja prática tem por base o domínio e a exploração?
Nos livros nos disseram que foi resultado de uma evolução histórica,
fruto do Trabalho da burguesia e do renascimento comercial, depois do século XII...
E os edifícios públicos – escolas, postos de saúde, centros comunitários,
ginásios de esporte, dentre outros – quem os construiu?
Nas placas inaugurais estão escritos os nomes de prefeitos, governadores e outros políticos.
Foram eles, com instrumentos próprios, que dobraram as barras de ferro,
mexeram o concreto ou a massa, assentaram os tijolos e deram o acabamento?
Nenhum trabalhador os ajudou?
E os recursos de onde vieram? Fala-se que vieram do banco ou do ministério tal ou qual!
Tem algum investimento que não seja originado dos impostos arrancados da população?
E os tributos, pagos de forma consciente ou não, têm o retorno e a devida prestação de contas ao Povo?
A produção da agricultura, das jazidas de minério, da indústria, do mercado propicia recordes nos noticiários
e elevam as estatísticas do PIB do País. Mas estes recordes alimentam a Nação
e trazem desenvolvimento e vida de qualidade para todo o Povo?
E os Camponeses e Agricultores Familiares que põem o alimento em nossas mesas:
por que seu excedente é pago a preço de banana e quando vão
ao mercado comprar mercadorias pagam a preço de ouro?
E as cidades – verdadeiros formigueiros humanos e centros de barbárie –
têm urbanização, luz, água, esgoto, praças, jardins, serviços e... favelas!
Será que a miragem urbana tem o propósito de atrair e controlar mais facilmente os trabalhadores?
E o Campo, o “meio rural”, por que muitas vezes tem apenas uma estrada ruim
que parece que está lá para não ser transitada ou para desmontar os carros?
E os filhos dos camponeses, por que têm que ir compulsoriamente estudar
nas escolas da vila ou da cidade e conhecer apenas as “ciências urbanas”?
E as instituições bancárias, que vivem da especulação financeira, negociando papéis
a altíssimos juros, que são as empresas mais lucrativas do Brasil, a quem beneficiam?
Tantas perguntas, tantas indagações e dúvidas...
Outro tanto de discursos, promessas e enganação!
E o Povo vive na ilusão de mudar com o voto...
Que outras ferramentas os Camponeses e os Agricultores Familiares
dispõem para transformarem a realidade, o meio onde eles vivem e produzem suas condições de vida?
Quem sabe a organização, a resistência e a luta!
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