Na ausência de inspiração ou devido à teimosia em ocultar o que sinto, resolvi tomar emprestado de Fernando Pessoa este poema que diz por mim, em parte, aquilo que eu omito...
| Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo : "Fui eu ?" Deus sabe, porque o escreveu. |

2 comentários:
Esse poema de Fernando Pessoa e a sua cara... vc e multifacetado: horas menino... horas homem adulto... horas sisudo... horas sorridente, alegre, ironico... horas vc.... horas quem? esse e Sergio Roberto Bucco, todos e ninguem... onde esta vc? quem e vc?
naum importa amigo, vc e unico, em processo de evolucao e encontro de si mesmo... te gosto mesmo assim (rsrsrs).
bjs...
Hahahahahahahahahahaha...
Penso que este ser sou eu mesmo, faz parte de minha identidade e de minha própria definição!
Sempre sujeito a mudanças, que espero seja para melhor...
Obrigado, amiga Lucy pelo carinho!
Admiro tua paciência em lidar com uma pessoa que parece tão inconstante e/ou instável!!!
Com meu carinho um mega abç!
Postar um comentário